Obstáculos no caminho da Gratidão

Obstáculos no caminho da Gratidão

Se a gratidão é tão importante, por que existem tantos obstáculos no caminho da gratidão?

É impressionante os avanços no campo da ciência da gratidão, não é só teoria ou discurso de alto-falante, a gratidão realmente, tem o poder de transformar vidas. Você pode se aprofundar mais em: A Gratidão Transforma.

Mas, se isso é verdade, porque mais pessoas não pratica constantemente a gratidão consciente para melhorar suas vidas?

Qual a grande questão que se coloca no caminho da gratidão como técnica útil para aplicações práticas de transformação de vidas?

O que deve ser superado, a fim de fazer a gratidão florescer no coração das pessoas?

O que fica no caminho da gratidão como prática consciente?

Pesquisas tem mostrado e comprovado cada vez mais que a prática consciente e constante da gratidão pode combater a ansiedade, a depressão, enfim, a gratidão melhora a saúde e contribui para a felicidade.

Então porque parece haver uma barreira para a prática da gratidão?

Leia: O poder da gratidão.

Quais são os obstáculos no caminho da Gratidão?

Obstáculos no caminho da Gratidão

Vivemos em uma nação onde todos estão buscando a felicidade. Cada indivíduo tem o seu próprio caminho, e na maior parte das vezes, esta viagem demora. Para alguns, a viagem começa nos livros; para outros, ela vem através da prestação de serviços úteis.

Mas talvez a forma mais popular de buscar a felicidade seja através da acumulação de “coisas”.

Muitas pessoas associam a felicidade a bens materiais. O materialismo, porém, é comprado a um custo. Uma sociedade que se sente no direito ao que ela recebe não expressa adequadamente gratidão por suas bênçãos. Mas este, é apenas um dos obstáculos no caminho da gratidão.

Visto através da lente de compra e venda, relações, bem como as coisas são vistas como descartáveis, a gratidão não pode sobreviver a este ataque materialista.

A falta de gratidão é contagiosa e, é transmitida de uma geração para a geração seguinte.

Por outro lado, a atitude de gratidão também é viral e pode influenciar muito e positivamente, não apenas relacionamentos, mas o próprio estado emocional de uma pessoa e ou comunidade.

As pesquisas de Robert A. Emmons, têm demonstrado que a gratidão é essencial para a felicidade, mas os tempos modernos regrediram a gratidão a um mero sentimento, em vez de reter o seu valor histórico, uma virtude que leva à ação.

Assim como grandes filósofos, como Cícero e Sêneca concluíram, em seus escritos, a gratidão é uma ação de devolver um favor e não é apenas um sentimento.

Da mesma forma, a ingratidão é a incapacidade de ambos reconhecerem receber um favor e se recusar a devolver ou retribuir o favor.

Assim como a gratidão é a rainha das virtudes, a ingratidão é o rei dos vícios.

Dado o seu apelo magnético, a gratidão é uma maravilha e não pode ser rejeitada. No entanto, é. Se não formos capazes de escolher, por padrão escolhemos a ingratidão. Milhões de pessoas fazem esta escolha todos os dias.

Por quê? Disposição.

Ter as coisas como certas, é mais um dos obstáculos no caminha da gratidão.

Nós acreditamos que o universo nos deve a vida. Nós não queremos estar em dívida. Ninguém gosta de estar em dívida com ninguém. O sentimento de dívida nos corroem a alma e nos faz sentir inseguros.

Mas, perder de vista as muitas dádivas que recebemos, de proteção, favores, benefícios e bênçãos torna uma pessoa espiritualmente e moralmente falida.

Seria difícil melhorar as palavras do presidente Abraham Lincoln, em 1863:

Temos sido beneficiários das dádivas mais excelentes do céu. Temos sido preservados estes muitos anos em paz e prosperidade. Temos crescido em número, riqueza e poder como nenhuma outra nação alguma vez cresceu.

Mas esquecemo-nos de Deus. Esquecemo-nos da mão graciosa que nos preservou em paz, e multiplicou e enriqueceu e fortaleceu; e temos imaginado coisas vãs, enganados pelos nossos corações de que todas essas bênçãos foram produzidos por alguma sabedoria superior e virtude nossas. Intoxicados pelo sucesso ininterrupto, tornamo-nos demasiado auto-suficientes para sentirmos a necessidade da graça redentora e preservadora, demasiado orgulhosos para orar ao Deus que nos criou.” – Abraham Lincoln

Ingratidão

Talvez o mais famoso exemplo de ingratidão na história seja esse encontrado no evangelho do Novo Testamento de Lucas. Jesus cura dez leprosos da sua doença física, e ao fazê-lo, de seu estigma social. Limpas de sua condição contagiosa e sociais, recebem suas antigas vidas de volta.

Sendo trazido de volta da morte certa, você pensaria que eles seriam realmente gratos, certo? No entanto, apenas um voltou para expressar gratidão por ter sido curado. Vendo que apenas um voltou para expressar gratidão, Jesus perguntou:

Não foram purificados todos os dez? Onde estão os outros nove?

Não se achou nenhum que voltasse e desse louvor a Deus, a não ser este estrangeiro?”

Então ele lhe disse: “Levante-se e vá; a sua fé o salvou”. (Lucas 17: 16 -18)

Estudiosos da Bíblia, a respeito dessa passagem, concordam que pela “fé,” o que Jesus realmente queria dizer era gratidão, como em, “sua gratidão te salvou.” A parábola nos lembra o quão comum a ingratidão é e como é fácil de tomar as bênçãos como certas, e como gratidão é dependente de favores imerecidos.

Foram os outros ingratos? Talvez fossem apenas esquecidos. Afinal, devolvida a sua dignidade, eles estavam, sem dúvida, com pressa de voltar para suas famílias e vidas antigas.

Pesquisas contemporâneas, porém, pinta um quadro mais complicado de ingratidão. As pessoas ingratas tendem a ser caracterizadas por uma sensação excessiva de direito, de auto-importância, arrogância, vaidade, e uma necessidade insaciável de admiração e aprovação.

Os narcisistas rejeitam os laços que unem as pessoas em relações de reciprocidade. Eles esperam favores especiais e não sentem necessidade de pagar ou retribuir a tais favores.

Dada esta constelação de características, ser grato de qualquer maneira significa está além da capacidade da maioria dos narcisistas. Sem empatia, eles não podem apreciar um presente altruísta porque eles não podem identificar-se com o estado mental do doador.

O narcisismo é uma cegueira espiritual; é uma recusa em reconhecer que um tem sido o beneficiário de prestações de serviços e favores dados gratuitamente por outros.

Esta característica é mais um dos vários obstáculos no caminho da gratidão.

A preocupação excessiva com nós mesmos pode nos levar a esquecer os nossos benefícios e nossos benfeitores, ou nos priva de sentir que estamos em dívida com os outros e, portanto, não tem nenhuma razão para nos sentirmos gratos.

O direito está no cerne do narcisismo. Esta atitude diz: “A vida me deve alguma coisa” ou “As pessoas me devem alguma coisa” ou “Eu mereço isso.”

Autossuficiência e auto-merecimento são impedimentos maciços para gratidão.

Você certamente não vai se sentir grato quando você receber o que você acha que tem direito, porque afinal de contas, é seu direito inalienável. A contagem de bênçãos será ineficaz porque as queixas estarão sempre presentes.

No entanto, as características narcisistas são encontradas em todos os indivíduos em diferentes graus. Mas você pode fazer uma escolha consciente pela a gratidão.

Leia também o artigo: Guerra à ingratidão.

A abordagem mais verdadeira para a vida

Existe um antídoto para ingratidão?

A gratidão é muitas vezes prescrita como o remédio para o merecimento exagerado que é marca do direito narcisista.

Mas o que permite a gratidão em primeiro lugar?

De acordo com Mark T. Mitchell, professor de ciência política da Patrick Henry College em Virginia:

A gratidão nasce da humildade, pois reconhece o talento da criação e da benevolência do Criador. Este reconhecimento dá origem a atos marcados pela atenção e responsabilidade.

A ingratidão, por outro lado, é marcada pela arrogância, que nega o presente, e isso sempre leva à desatenção, irresponsabilidade e abuso.

Em gratidão e humildade nos voltamos para a realidade fora de nós mesmos. Nós nos tornamos conscientes das nossas limitações, de nossa necessidade e dependência dos outros.

Em gratidão e humildade, reconhecemos o mito da autossuficiência. Nós olhamos para cima e para fora, para as fontes que nos sustentam. Nos tornamos conscientes das realidades maiores do que nós mesmos, nos protege da ilusão de, como dizem os americanos: “self-made”.

Nós paramos de dá tudo por certo, sempre esperando mais dos outros, e de acreditar que não devemos nada a ninguém.

A pessoa humilde diz que a vida é um dom a que devemos ser gratos, não um direito a ser reivindicado. Humildade remete a uma resposta agradecida à vida.

A humildade é a chave para a gratidão porque viver humildemente é a abordagem mais verdadeira para a vida.

As pessoas humildes entendem a verdade de que elas precisam dos outros. Todos nós precisamos. Nós não somos tão auto-suficientes quanto pensamos. Nós não criamos a nós mesmos.

Nós dependemos dos nossos pais, amigos, nossos animais de estimação, Deus, o universo e sim, até mesmo do governo, para fornecer o que não podemos fornecer para nós mesmos.

Ver com olhos de gratidão exige que vemos a rede de interligação entre doadores e receptores.

A humildade é profundamente contracultural. Ela não vem facilmente ou naturalmente, especialmente em uma cultura que valoriza a auto-engrandecimento.

Ela exige a atenção permanente sobre os outros em vez de si mesmo, ou como diz o provérbio judeu: “A humildade é limitar-se a um espaço apropriado, deixando espaço para os outros”.

Pensar em si mesmo é natural, humildade não é natural. Talvez por isso, a gratidão é contra-intuitiva. Isso vai contra as nossas inclinações naturais. Queremos levar o crédito pelo bem com que nos deparamos.

A gratidão é o reconhecimento de que a vida não me deve nada e todo o bem que eu tenho é um presente. Não é a obtenção daquilo de que tenho direito. Meus olhos são um presente. Então, minha mulher é um presente, minha liberdade, meu trabalho, e cada respiração minha são presentes que me foram dados de bom grado.

Enquanto escrevia este artigo, eu lembrei dessa palavras, do filme Matrix:

Karma é uma palavra, “uma forma de dizer o que vim fazer aqui?” Eu não repudio o meu karma. Sou grato por ele, grato por minha esposa maravilhosa, minha filha linda. Elas são dádivas. E faço o que é preciso para honrá-las. – Rama-Kandra

Reconhecer que tudo de bom na vida é, em última análise, um presente, é uma verdade fundamental da realidade. A humildade torna possível o reconhecimento.

A pessoa humilde diz: “Como não posso ter gratidão por tudo de bom na minha vida que eu não fiz nada para merecer?”

A constatação de que tudo é um dom, é a própria base sobre a qual a gratidão se baseia.

Os verdadeiros dons são dados livremente, e não necessitam de resposta. Jesus estava livre para reter o dom da cura e ele não exigiu que os outros nove que foram curados por expressar gratidão.

Para colocar o poder da gratidão para trabalhar em sua vida, acesse agora: A Gratidão Transforma!

Sobre o autor | Website

Meu propósito é intencionalmente inspirar e capacitar as pessoas para aumentar a sua autoconfiança, descobrir o seu propósito de vida e conquistar os seus sonhos mais ousados, a fim de nos transformar no melhor que podemos ser, de dentro para fora.

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