Não há nada mais desconfortável do que não se sentir confortável em sua própria pele e com as estruturas que funcionam junto com você.
Em algum lugar lá no fundo, você sabe que não precisa se sentir dessa forma, que não deveria, e que não há razão ou verdade em seu sentimento.
E, no entanto, apesar de tudo, você sente.
“Eu me sinto mal o tempo todo e passo muito tempo chorando, me escondendo e sozinho.
Às vezes, sinto meu peito apertar.
Isso afeta minha respiração e me deixa enjoado também.
A ansiedade está sempre presente.
Ataques de pânico vêm e vão.
E quando eles vêm, sinto tontura e vertigem.
Meus músculos doem.
No pior dos casos, minha mente se desassocia de todos os sintomas físicos que eu possa estar experimentando.
Sinto a dor e ela é muito real.
Mas minha mente se sente entorpecida e não tenho controle sobre minha dor física.
Quando tudo acaba, me sinto exausto e envergonhado.
Sei que passei por algo, mas não consigo realmente dizer porque não me lembro de tudo.
Será que deixei isso óbvio?
O que as pessoas vão pensar de mim? Estou sem esperança.”
Por mais elaborada que seja a gama de expressões, elas mal arranham a superfície do trauma e da agitação emocional que uma pessoa que experimenta ansiedade passa.
Portanto, não é surpresa que pessoas que lutam contra o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) experimentem níveis elevados de baixa autoestima.
O fato de que eles frequentemente são dominados por seus pensamentos e emoções os torna mais vulneráveis a isso.
Autoestima e Medo de Rejeição
Infelizmente, por mais que gostaríamos de negar, vivemos em um mundo julgador, onde as pessoas acreditam apenas no que querem acreditar, em vez da verdade.
As pessoas gostam de perceber, presumir, julgar e categorizar os outros rapidamente, principalmente com base em suas primeiras experiências e “sentimentos instintivos“.
Portanto, se você impressionar as pessoas nos primeiros minutos de interação, elas o julgam como relevante e, portanto, digno de sua companhia, e se você não o fizer, eles rapidamente o rotulam como irrelevante e sem valor.
Mais uma vez, por mais que gostaríamos de negar, como sociedade, nós consciente ou inconscientemente endossamos essa cultura e até mesmo nos inscrevemos nela.
Todos nós queremos nos sentir incluídos, queremos ser amados, apreciados e aceitos.
Em vez de buscar qualidades internas, procuramos isso externamente, na sociedade.
Esses sentimentos podem ser amplificados para pessoas que têm problemas de ansiedade.
Sentir confiança e segurança para poder expressar seus pensamentos e agir conforme sua vontade pode ser difícil para qualquer pessoa, e ainda mais para pessoas que lutam com problemas de ansiedade.
Porque o cérebro está envolvido em um modo de resposta ao estresse, as pessoas com ansiedade podem se sentir sobrecarregadas e desconfortáveis apenas com o esforço de tentar ser o que elas não se sentem.
Isso pode catapultar seus níveis de estresse e aumentar sua falta de autoestima e segurança.
Por causa de tudo o que está acontecendo dentro e ao seu redor, eles podem sentir-se forçados a se recolher em uma concha.
Eles podem se isolar de todo o burburinho e barulho para silenciar o caos interno.
Se você está experimentando esses sentimentos, queremos que você saiba que não está sozinho.
Felizmente, há uma saída dessa situação.
A chave é estabelecer uma comunicação forte primeiro com você mesmo e depois com o mundo exterior.
“Ficar nervoso e ter borboletas no estômago está tudo bem – são sinais físicos de que você está mentalmente pronto e ansioso. Você precisa fazer com que as borboletas voem em formação, esse é o truque.” – Steve Bull
- Fale com você mesmo. Reflita sobre tudo o que você está passando. Por que você acha, sente e experimenta tudo o que faz? Há alguma lição que você está perdendo? Registre suas emoções. Trabalhe nas respostas.
- Enfrente seus demônios internos, a narrativa não ouvida de uma perspectiva externa. O que ela está lhe dizendo? Há algo que você possa fazer para ajudar a lidar com isso? Como você quer se ver daqui a cinco anos?
- O que está impedindo você de chegar lá? Trabalhe neles.
- Use afirmações verbais para lembrar a si mesmo o quão maravilhoso você é.
- Estabeleça comunicação com o mundo exterior, com seus entes queridos primeiro. Crie um ambiente amoroso. Você se sairá bem com o amor e apoio deles.
- Fale com as pessoas que são próximas a você e conte a elas o que você passa. Procure ajuda e assistência quando se sentir mal. Expresse-se livremente sem se preocupar em ser julgado ou ridicularizado. Existem muitas pessoas que desejam entender e ajudar. Você só precisa pedir e permitir que elas entrem.
- Parabenize-se pelo seu percurso. Você está mais próximo de se tornar a melhor versão de si mesmo.